Encontro Etnobotânico do Pulo do Lobo 23
Começamos ... a inspirar natureza ... de manhã bem cedo.
A boa disposição e energia contagiante da nossa querida mestre Bárbara Pais levou a que muitos participassem e se juntassem a nós, bem cedinho, para um madrugar coletivo!
Fotografia de Marlene Soares |
Depois de bem alongados e de mente bem desperta seguimos para as caminhadas.
A primeira caminha, - Caminhada de identificação de plantas silvestres - com ponto de partida no Centro Interpretativo do Lince Ibérico e com rumo ao Pulo do Lobo, foi dinamizada por nós, com o Francisco de Sousa como guia. Caminhamos, atentos à flora que nos rodea, guiados pelo entusiasmo do Francisco na partilha de conhecimento, sempre com mote na sensibilização para a importância da conservação da flora autóctone.
Fotografia de Iris Maia |
Começava pouco tempo depois, e em paralelo, a Caminhada de reconhecimento de plantas medicinais, com a Joana Vitória Martins. Viajamos até ao mundo das propriedades medicinais e terapêuticas das plantas silvestres. A Joana ou a @mulherquetrabalhanobosque tem o dom da partilha de conhecimento e a sabedoria de gerações.
Fotografia de Ana MarcosMorais |
Dinamizada pela ADPM (Associação de Defesa do Património de Mértola) a Oficina de Tinturaria Natural com a Annette do @tinctoriumstudio foi muito participada e um sucesso. As utilizações das plantas são imensas, e muita dessa sabedoria tem vindo a ser esquecida entre gerações. Precisamos de manter vivas as praticas mais ancestrais, porque para além de fazerem parte da nossa cultura, são também ambientalmente mais sustentáveis. A utilização da tinturaria natural, em detrimento de outras práticas menos amigas do ambiente, pode sem dúvida contribuir para reduzirmos a nossa pegada ecológica individual.
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A Oficina de Cestaria em Cana com o Senhor José, é sempre um momento memorável a quem ninguém quer faltar. Já durante a tarde, bem almoçados, foi tempo de aprender artes e ofícios. Na companhia do Senhor José, cesteiro e contador de estórias, aprendemos muito sempre com alegria e boa disposição.
Fotografia de Ana MarcosMorais |
Promovido, também, pela ADPM (Associação de Defesa do Património de Mértola) e dinamizado por João Romba aconteceu, durante o Encontro Etnobotânico, um bonito momento de partilha de saberes e costumes à volta das plantas, que contou com a especial participação das senhoras da Amendoeira, - Dona Bina e Dona Silvia -, e do Mosteiro, - Dona Maria Antónia.
Fotografia de Ana MarcosMorais |
Fotografia de Ana MarcosMorais |
Ao entardecer foi tempo de performance artística - "Eu não sei se sei contar" - com o Grupo de Teatro Comunitário de Mértola, um espetáculo que convida o público a fazer parte do elenco. Criou-se uma roda cheia de atores, visitantes, participantes e habitantes da aldeia, criaram-se contos, criaram-se amizades e belíssimos registos para recordar.
Fotografia de Rui Silva |
Fotografia de Rui Silva |
"Conta-se que, em tempos, vieram dois malfeitores cumprir a pena de tomar conta desta terra desabitada e em pousio. A sua sentença passou de geração em geração e foi herdada pelos homens que a trabalham. Uma mulher descalça ajeita a terra e é surpreendida por uma folha."
O Encontro Etnobotânico do Pulo do Lobo 23 correu bem melhor do que qualquer um de nós podia esperar. Repleto de momentos felizes, de reencontros de novas amizades e novos conhecimentos adquiridos.
Nada disso teria sido possível se não fosse o empenho, dedicação e disponibilidade de uma equipa incrível.
Deixamos também um especial agradecimento à ADPM (Associação de Defesa do Património de Mértola) que coorganizou este evento connosco este ano.
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